segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Doenças fúngicas - Mofo branco

Doenças fúngicas - Mofo branco


O Mofo branco, incitado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) De Bary, é uma doença bastante difundida nas regiões produtoras desta leguminosa, principalmente, no plantio do outono-inverno. As perdas no rendimento atingem em média 50% podendo, entretanto, serem mais elevadas. Com a introdução da terceira época de plantio (feijão de inverno) na região Centro-Oeste e outras regiões do país, implicando no uso da irrigação por aspersão, a doença encontrou condições favoráveis para seu desenvolvimento, tornando-se um problema para os produtores de feijão. Os sintomas iniciais são lesões encharcadas que se espalham rapidamente para as hastes, ramos e vagens. Nos tecidos infectados, aparece uma eflorescência que lembra algodão, constituindo os sinais característicos da doença. O fungo tem como hospedeiros mais de 300 espécies pertencentes a aproximadamente 200 gêneros botânicos. Ademais, na ausência de hospedeiro suscetível, a persistência dos escleródios, no solo, pode tingir até oito anos.
O controle da doença em áreas ainda não infestadas deve ser realizado pelo emprego de semente de boa qualidade sanitária, pelo controle do tráfego de pessoas e equipamentos provenientes de áreas infestadas e pela inspeção rigorosa da lavoura na fase reprodutiva para a erradicação imediata de qualquer foco da doença. Em solos infestados são recomendadas medidas integradas de controle, pois devido à rapidez de desenvolvimento da doença, em condições de ambiente favoráveis, medidas isoladas tem se mostrado ineficientes. Portanto, recomenda-se a utilização de fungicidas e de práticas culturais tais como, rotação de culturas, eliminação de resíduos culturais e controle da irrigação. O controle da doença através do uso de fungicidas vai depender da densidade de escleródios no solo. A resistência genética do hospedeiro está restrita a algumas cultivares de feijão branco obtidas no Canadá as quais, embora com potencial de uso nos programas de melhoramento, não apresentam possibilidades de utilização direta pelos produtores.